Rumo espera concluir devolução da Malha Oeste em 2023, mas prazos fogem ao controle

Valor Econômico – Hoje a relicitação depende de três órgãos: a AGU, porque há uma ação de reequilíbrio econômico-financeiro contra o poder concedente; a agência reguladora e o Ministério de Transportes

A expectativa da Rumo é concluir em 2023 o processo de devolução da Malha Oeste, segundo o presidente da empresa, Beto Abreu. Porém, ele destaca que os prazos necessários ao processo estão fora do controle da companhia.

Ele explica que hoje a relicitação depende de três órgãos: a AGU (Advocacia Geral da União), porque há uma ação de reequilíbrio econômico-financeiro contra o poder concedente; a agência reguladora e o Ministério de Transportes.

“O processo está praticamente encaminhado do ponto de vista regulatório, mas são órgãos que têm uma velocidade que temos que acompanhar. Do ponto de vista comercial, operacional, a Malha Oeste tem um volume pequeno. Então, se trata basicamente de uma manutenção até que o processo seja concluído. O processo tem que considerar o requilíbrio, a devolução e a relicitação”, disse ele, em teleconferência com analistas. “A expectativa é concluir em 2023, mas nem todos os prazos estão no nosso controle”, afirmou.

Ferrovia Norte-Sul

A Rumo também planeja concluir a obra do ramo central da Ferrovia Norte-Sul em abril deste ano. Hoje, resta finalizar um último trecho entre o norte de Goiás e Tocantins.

“Temos uma nova geografia a ser explorada pela Rumo que é o Norte do Goiás e Tocantins, com a conclusão do final da Malha Central. Isso vai ser concluído em abril. Então a partir de maio haverá uma nova geografia a ser explorada”, disse Abreu.

Estudo sobre Fico

A Rumo não tem interesse em analisar uma concessão da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), porém, deverá estudar a Fico (Ferrovia de Integração Centro-Oeste), uma vez que a obra for concluída e o governo conduzir a licitação.

“A Fiol tem desafios logísticos, não tem porto. Não é um ativo que interessa. E a Fico ainda está sendo construída. A obra foi iniciada, vamos ver como vai avançar do ponto de vista de engenharia e, quando for concluída, não se sabe quando ainda, o governo poderá licitar. É um ativo que vamos olhar a avaliar”, disse ele, em teleconferência com analistas.

Em relação às autorizações, o executivo afirma que ainda há tempo para avaliar os projetos. Dos dez pedidos feitos, já há três contratos assinados pela Rumo. “É uma discussão que vai acontecer com o ministério. Temos cinco anos para iniciar qualquer tipo de obra ou investimento. Então temos tempo necessário, caso faça sentido”, disse.

Questionado em relação ao processo de renovação antecipada da Malha Sul, Abreu disse que a companhia irá tomar o tempo necessário. “À medida que o tempo passa, a tese de vantajosidade perde força, mas não é uma preocupação neste momento. Vamos tomar o tempo necessário para que seja feito em bases aceitáveis. Isso não vai fazer com que a companhia acelere para renovar antes do vencimento. Vamos priorizar as condições que consideramos saudáveis para o negócio”, afirmou.

Foto: captura de tela Valor Econômico

Fonte: Valor Econômico (https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/02/16/rumo-espera-concluir-devolucao-da-malha-oeste-em-2023-mas-prazos-fogem-ao-controle.ghtml)

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